Foto: Joyce Maciel/Futebol Cearense
O Ceará foi julgado pela 3º Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e condenado a pagar multa no valor de R$ 40 mil (quarenta mil reais) por arremesso de objetos no gramado e cânticos homofóbicos entoados por parte da torcida no duelo entre Ceará x Vila Nova, pela Série B, no dia 19 de julho na Arena Castelão.
O Alvinegro foi notificado no início de agosto, pela direção da CBF, por conta dos cânticos homofóbicos. Foi recebido uma advertência e um pedido de explicações sobre ações que o clube faz para que situações como estas não se repitam.
Como o árbitro da partida, Wagner do Nascimento Magalhães (RJ), não relatou em súmula o ocorrido na partida contra o Vila Nova, a notificação da CBF foi feita com base na denúncia do Coletivo de Torcidas Canarinho LGBTQ. O grupo enviou a CBF reportagens feitas que comprovaram os cânticos homofóbicos.
Após isto, a procuradoria do STJD abriu investigação e fez a denúncia, solicitando multa e perda de mando de campo, porém os auditores do tribunal rejeitaram a segunda penalização, aplicando apenas a multa. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (23/08).
O Ceará vem realizando campanhas na Arena Castelão, através de anúncios nos telões e alto-falantes, contra os cânticos homofóbicos proferidos por parte da torcida alvinegra nas partidas.
Fora das quatro linhas, foi realizado na sede do clube, no final de julho, o 1º Congresso sobre Racismo, Homofobia e Violência nos estádios. O evento contou com a presença de membros de torcidas organizadas, da associação nacional das uniformizadas, além de representantes do Ministério Público e das Polícias Civil e Militar.
O evento teve um resultado positivo até aqui. Nos últimos jogos na Arena Castelão, não houve manifestações homofóbicas em nenhum momento.