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Fortaleza

Jornalista avalia finanças do Fortaleza e afirma: “O clube que mais cresce no futebol brasileiro”

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Foto: Matheus Amorim/Fortaleza EC

Foto: Matheus Amorim/Fortaleza EC

O Fortaleza é um dos clubes do futebol brasileiro que mais subiu de patamar nos últimos anos. Desde que saiu da Série C em 2017, o Leão do Pici conquistou um título da Série B do Campeonato Brasileiro, duas Copas do Nordeste e cinco estaduais. Fora as taças levantadas, o time cearense disputa atualmente sua quinta Série A consecutiva ( com direito a um G4), além de ter participado por duas vezes da Taça Libertadores da América e da Copa Sul-Americana (uma em andamento com a equipe nas oitavas de final).

O sucesso do Fortaleza não é por acaso. Se em campo o clube vai bem, fora dele não é diferente. Na última quinta-feira, 13, Rodrigo Capelo, jornalista especializado em negócios do esporte e réporter do Ge.globo, divulgou uma avaliação sobre as finanças do Tricolor de Aço em 2022. Para Capelo, o “leão tricolor representa o clube que mais cresce no futebol brasileiro”.

A consolidação do Fortaleza na elite do futebol nacional também é vista financeiramente. A reportagem mostra que o clube aumenta seu faturamento todos os anos, e na temporada passada chegou ao maior de sua história. Isto significa que se pode gastar mais com salários de jogadores e reforços.

Foto: Matheus Amorim/Fortaleza EC
Foto: Matheus Amorim/Fortaleza EC

Rodrigo Capelo também fala da evolução dos números do Leão do Pici no faturamento. Se em 2019 o Fortaleza “comemorava, com justiça, um faturamento de R$ 50 milhões”, na última temporada a equipe cearense chegou a R$ 265 milhões.

“Traduzindo os números para termos futebolísticos, significa que o Fortaleza passou de um integrante da terceira divisão, sem dinheiro nem representatividade nacional, para um competidor que já arrecada tanto quanto o Santos, só para citar um exemplo de adversário tradicional.”, compara o jornalista.

Confira alguns detalhes das finanças do Fortaleza:

RECEITAS

  • Direitos de transmissão e premiações foram a primeira parte do faturamento a disparar, à medida que o clube subiu da Série C para o Campeonato Brasileiro. Neste aspecto, a consolidação na primeira divisão é fundamental para dar estabilidade ao projeto;
  • área comercial hoje é um ponto forte do Fortaleza, porém um detalhamento é essencial para não mal interpretar o número. Do total arrecadado nessa linha, R$ 34 milhões vêm das lojas e da marca própria. Se por um lado a receita é impressionante, essa iniciativa gerou custos que não existem em outros modelos de negócio. Além disso, R$ 22 milhões têm origem em patrocínios;
  • Diferente de muitos clubes que chegam à primeira divisão, mas não têm torcidas numerosas que ajudem a sustentar o crescimento saudável, o Fortaleza se beneficia da massa que tem ao gerar mais dinheiro com bilheterias, no Castelão, e sócio-torcedor;
  • Transferências de atletas ainda geram muito pouco dinheiro. Por um lado, isto mostra como a expansão do negócio tem sido bem-sucedida. O clube fecha sua conta sem precisar se desfazer de tantos jogadores. Por outro lado, eis uma linha em que há potencial para crescimento, o que colocaria a associação noutro patamar financeiro.

DÍVIDAS

  • Dívidas bancárias apontam empréstimos tomados com instituições financeiras, que geralmente carregam juros e exigem receitas dadas em garantia. Em valor muito baixo no caso do Fortaleza, não é um problema para a administração do clube;
  • Parcelamentos fiscais indicam quantias não recolhidas no passado, refinanciadas por meio de negociações com órgãos do governo. Por não ter um passado problemático no aspecto financeiro, também não é algo que gere preocupações;
  • Obrigações trabalhistas são correntes. Exemplo: salários e encargos de dezembro são pagos só em janeiro, então, como o balanço se encerra em 31 de dezembro, viram o ano dentro do passivo. Não são dívidas no sentido popular da palavra, de atraso;
  • Em “outros”, estão fornecedores, comissões a agentes e outros clubes, dos quais o Fortaleza comprou direitos federativos e econômicos de atletas. Essa linha cresceu muito recentemente, reflexo dos investimentos feitos pela diretoria no futebol;
  • Contingências representam ações judiciais movidas contra a associação, nas quais o departamento jurídico tricolor entende que a probabilidade de derrota é alta. Diferente da maior parte dos adversários na primeira divisão, o Fortaleza não tem valores significativos nesta linha, o que o livra de bloqueios e penhoras.

A reportagem completa você pode conferir no site ge.globo.

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