Foto: Adriano Fontes/CBF

Jogadora pede rescisão de contrato com o clube cearense

Nesta temporada, o Fortaleza não conseguiu o principal objetivo do ano que era subir à elite do futebol feminino brasileiro. Na Série A-2, as Leoas foram eliminadas nas quartas de final pelo Real Ariquemes.

Uma das principais jogadoras das Leoas, a volante Rebeca Costa, move ação judicial contra o clube por danos morais e dívidas trabalhistas. A atleta de 16 anos e outras colegas de time teriam ido de mototáxi para o Estádio da Universidade Federal de Alagoas, local do jogo contra o UDA, na 6ª rodada do Brasileiro Feminino A2. A informação foi divulgada no site Planeta Futebol Feminino (PFF). Em nota, o Tricolor afirmou cumprir com todas as obrigações.

Além disso, é relatado no processo que o Fortaleza nunca recolheu os depósitos do fundo de garantia (FGTS), que seria responsabilidade do empregador. Sendo assim, a atleta poderia conseguir a rescisão de contrato de forma indireta de acordo com o 2º parágrafo, do art. 31, da Lei 9.615, de 24 de março de 1998.

O advogado da atleta solicitou o pagamento de dois mil reais, referente ao FGTS, o reconhecimento da rescisão do contrato entre Rebeca e Fortaleza. O pagamento proporcional ao salário da atleta até o fim do vínculo contratual e uma multa por danos morais no valor de vinte mil reais também foram solicitadas.

Na última segunda-feira (12), a meio-campista foi convocada pela oitava vez para a Seleção Brasileira Sub-17. Ela vai se juntar ao grupo em preparação para o Mundial da categoria no mês de outubro, na Índia. Vestindo a amarelinha, ela foi campeã do Sul-Americano Sub-17 este ano. Pelo Fortaleza, a jogadora atuou em 18 jogos, incluindo o Brasileirão Série A2.

NOTA DO FORTALEZA

“O Fortaleza Esporte Clube vem, por meio desta, esclarecer que recebe com abalo as acusações da matéria em torno de Rebeca Costa, atleta do Futebol Feminino Sub-20 e profissional. O Clube sempre cumpriu com seus pagamentos, além de demais obrigações que são pagas rigorosamente em dia. Com isso, reforça que não foi procurado para esclarecimentos antes da veiculação da publicação.

O Fortaleza é completamente responsável com todas as suas atribuições com a categoria e por qualquer decisão que venha a tomar, incluindo na melhoria de investimentos para todas as atletas que, por sua vez, recebem todo o suporte para a realização de suas atividades.

Desde que passou a ser convocada, Rebeca passou a ter conduta não profissional, faltando treinamentos sem apresentar justificativas, forçando uma saída do clube no qual tem contrato e que cumpre com suas obrigações, chegando a simular, através de suporte externo, um pedido de rescisão indireto, no qual o clube provou não possuir nenhuma dívida com a atleta. O Fortaleza trabalha por um futebol feminino justo, correto, no qual investimos na modalidade e onde este tipo de prática de uma atleta, muito provavelmente má influenciada por pessoas, mancha a modalidade.

A Instituição reforça que contribuir para o Futebol Feminino já faz parte de sua essência, com captação e desenvolvimento de atletas, em comissão técnica e em disputar todas as competições possíveis. O investimento é crescente ano após ano e, mesmo com esse tipo de conduta individual, o Clube não vai deixar de investir e apoiar a modalidade. Com atuações no Campeonato Brasileiro Série A2 desde 2020, todos os trabalhos são direcionados ao acesso de divisão da categoria.

O Fortaleza ressalva que todas as informações serão tramitadas nos moldes legais, resguardando ao Clube apresentar posteriores esclarecimentos.”