Foto: Reprodução/Ceará SC
Ceará teve aproximadamente uma média de 38% de posse de bola nas últimas três vitórias na Série A
Neste domingo, 27, o Ceará recebe o Goiás na Arena Castelão, em jogo válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida é a oportunidade do Alvinegro se recuperar após derrota por 4 a 2 diante Red Bull Bragantino, na última rodada. No entanto, as adversidades que devem ser encontradas na partida mostrarão ao torcedor um dos poucos problemas encontrados nesse time de Guto Ferreira. A posse de bola.
O Ceará tem um jogo bem definido. Com um 4-2-3-1, as peças fazem uma marcação de imposição física e uma pressão alta invejável. Inúmeros gols da equipe saíram da retomada da posse de bola no campo de ataque. Fernando Sobral faz isso muito bem, o jogador é o melhor do Ceará no quesito. A forma como os atletas se comportam em campo, sempre com linhas compactadas e buscando um jogo vertical, faz a posse de bola ser quase que inútil.
Nas últimas oito partidas apenas em três o Ceará teve mais posse que o adversário. 61% na derrota para o Santos por 1 a 0. Com boa atuação do goleiro santista e péssima atuação da arbitragem. Foram 58% nos 4 a 2 sofrido diante do Red Bull Bragantino. E na vitória por 5 a 1 contra o Brusque, que joga a Série C, foram 54% de posse. Nos outros jogos, para vencer, predominaram as características dos times de Guto, com futebol reativo, a equipe teve menos posse que o adversário. Contra o Flamengo, Fortaleza e Atlético/GO, as últimas vitórias na Série A, foram uma média de aproximadamente 38% de posse de bola. Contra seu rival cearense apenas 27%.
As equipes que enfrentam o Ceará já entenderam que quando tem a posse de bola, o Alvinegro tem dificuldades para construir jogadas, tem dificuldades de rodar a bola e encontrar espaços. Principalmente na saída de jogo com Fernando Prass, os zagueiros e laterais. Se o goleiro do Ceará é o mais vazado do Brasileirão junto com Cássio do Corinthians, tem muito haver com os recorrentes erros na saída de bola. Quando pega um adversário com características semelhantes as suas tem dificuldades. Estas dificuldades serão encontradas contra o lanterna Goiás.
Nos últimos cinco jogos que fez na temporada, o Goiás só teve mais de 50% de posse de bola numa partida. No empate por 3 a 3 contra o Coritiba. Sem ter jogado na rodada passada por conta do adiamento de seu jogo contra o Flamengo, na rodada anterior onde conquistou sua segunda vitória na série A contra o até então líder Internacional por 1 a 0, foram apenas 21% de posse de bola. A média de posse nessas partidas não ultrapassou os 40%. Como mandante a iniciativa de vencer será toda do Ceará.
Com os dados apresentados acima, se o Ceará não melhorar sua saída de bola, e a partir de um maior controle da posse sabendo o que fazer com ela, encontrar os espaços e buscar quebrar as linhas de marcação do Goiás, serão inúteis os bons lançamentos de Fernando Prass para o Cléber, Leandro Carvalho e Fernando Sobral com Vina de olho na sobra. Guto Ferreira precisa encontrar caminhos para que a posse de bola renda finalizações e gols. E caso o Goiás suba suas linhas para dificultar a precária saída de bola alvinegra, não seja aquele sufoco recorrente das recentes derrotas do time de Porangabussu.
Ter uma forma de jogar é importante, mas variações são essenciais no futebol moderno.
POSSE DE BOLA DO CEARÁ NAS 8 ÚLTIMAS PARTIDAS
54% de posse contra o Brusque (V)
58% de posse contra o Bragantino (D)
32% de posse contra o Brusque (V)
37% de posse contra o Flamengo (V)
61% de posse contra o Santos (D)
27% de posse contra o Fortaleza (V)
46% de posse contra o Atlético/Go (V)
39% de posse contra o Internacional (D)
POSSE DE BOLA DO GOIÁS NAS 5 ÚLTIMAS PARTIDAS
21% de posse contra o Internacional (V)
54% de posse contra o Coritiba (E)
48% de posse contra o Sport (D)
45% de posse contra o Corinthians (D)
43% de posse contra o Vasco (D)
* (V) Vitória; (D) Derrota; (E) Empate
Dados: SofaScore