Foto: Caio Rocha/Framephotos/Estadão Conteúdo
O momento atual vivido pelo setor ofensivo do Leão é o pior da temporada e incomum durante a ”Era Ceni”
Desde que Rogério Ceni chegou ao Fortaleza, em 2018, o time ficou marcado pela sua entrega tática e seu DNA ofensivo. Com uma boa defesa e um atacante veloz impiedoso, o Tricolor levantou três taças sob o comando do ex-goleiro.
Entretanto, nos últimos três jogos, esse dito DNA desapareceu. Foram duas derrotas e um empate e nenhum gol marcado. O segundo jogo desta série, tem o agravante de ser diante do Ceará em uma semifinal de Copa do Nordeste, provavelmente o maior Clássico-Rei da história. Ao todo, são 23 dias sem marcar.
Essa sequência é a pior desde 2018, empatado com outras séries de três partidas. A última vez que o setor ofensivo do time do Pici passou três jogos sem marcar, foi no Campeonato Cearense de 2019, quando o Fortaleza empatou com o Ferroviário em 0x0, perdeu para o Horizonte por 0x1, e empatou em 0x0 contra o Ceará, entre 21/02 e 10/03.
Claro, são poucas partidas para demonizar todo um trabalho. Mas é justamente pela qualidade desse projeto que chama a atenção os últimos resultados. Além disso, o setor ofensivo não costuma passar em branco. Os constantes erros na saída de bola podem justificar a queda de desempenho na produção de jogadas perigosas à favor do Leão. Contra o Athletico, Felipe Alves teve muita dificuldade em achar alguém livre. Não atoa, o time tomou um dos dois gols sofridos na partida, após uma saída mal sucedida, onde o goleiro Tricolor procura algum companheiro desmarcado, não acha e tenta uma ligação direta, onde o Furacão aproveita e em um ataque veloz, acaba marcando.
Amanhã, ás 19h15, o Fortaleza enfrenta o estreante no campeonato, São Paulo, no Morumbi. Para não transformar esse simples jejum em algo mais complicado, o ataque precisa pelo menos marcar e o time somar pontos para não correr riscos logo nesse começo de Brasileirão.