Cláudio Adão relembra passagem pelo Ceará, comparação com Pelé e início de Sérgio Alves
Foto: PC Norões/Diário do Nordeste
Em matéria do Esporte Espetacular, atacante relembrou passagem pelo Ceará
No quadro “Artilheiros do Domingo”, do programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, o personagem da última edição do dia 26 de julho foi Cláudio Adão, lendário jogador com passagens por vários grandes clubes inclusive o Ceará.
Revelado pelo Santos, o atacante tem passagens marcantes por Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Bangu, Corinthians, Portuguesa, Bahia e Ceará.
Contratado pela equipe peruana do Sport Boys em 1990, Cláudio Adão foi vice-campeão nacional e, aos 35 anos de idade, artilheiro da competição com 31 gols. Em 1991, de volta ao Bahia, foi novamente campeão estadual. Já com 37 anos, o fôlego parecia estar próximo do fim, quando passou pelo Campo Grande e em seguida, no Ceará, onde foi campeão estadual de 1992, junto com mais três equipes, o Fortaleza, Icasa e Tiradentes.
No Vovô, em 1992, nas 40 partidas, Cláudio Adão marcou 20 gols e foi o artilheiro do time no ano. Na reta final de 1991, quando chegou ao clube, o jogador ainda marcou cinco gols.
Alguns desses tentos foram marcantes incluindo gols contra o Fortaleza e uma pintura do meio-campo contra o Ferroviário. No dia 28 de junho de 1992, no Clássico da Paz, o Ceará venceu o Tubarão da Barra por 6 a 1. Um desses gols foi uma pintura de Cláudio Adão. Do meio-campo, o atacante encobriu o goleiro e marcou o “gol que o Pelé não fez”.
No começo da carreira, na década de 70, Adão era comparado a Pelé inclusive sendo dupla de ataque com “Rei” até 1974. Com esse gol pelo Ceará, Pelé chegou a comentar sobre o feito do colega e elegeu como um dos gols mais bonitos que tinha visto.
Passagem pelo Ceará
Aos 37 anos, Cláudio Adão só jogou por uma temporada no clube, mas suficiente para ser sempre lembrado pelos torcedores.
Em campo, o atleta marcou vinte gols e foi o principal nome da equipe em um ano turbulento, além de ajudar na adaptação de um certo jovem recém-chegado ao Ceará.
Em julho de 1992, a diretoria alvinegra acertou a compra do atacante Sérgio Alves junto ao Central de Caruaru.
No estadual, Cláudio Adão marcou doze gols e Sérgio Alves balançou a rede oito vezes.
Campeonato polêmico
O Fortaleza conquistou dois turnos e o Ceará um, o que daria o título ao Leão. Porém, por conta de condição irregular do jogador Fernando, do Fortaleza, o STJD deu o título do 1º turno ao Tiradentes. Assim, o regulamento previa uma decisão entre os três vencedores, mais o time de melhor campanha,o Icasa. Como o Fortaleza não aceitou participar e acionou a Justiça Comum, os clubes entraram em acordo com a FCF, que ratificou quatro campeões.
Acesso na Série B
Até a Série B daquele ano, o regulamento previa que apenas os oito melhores da competição iriam subir para a série A. Foi quando, um dia antes do início do campeonato, que a CBF decretou que o número de clubes que poderiam subir seria não mais de oito e sim de 12.
Disputada no primeiro semestre, o Ceará ficou na modesta décima colocação, mas voltou a Série A para disputar em 1993, último ano que jogou a elite antes de 2010.
Cláudio Adão marcou oito gols em 20 jogos e foi novamente o artilheiro do time.
Subiram para a Série A: Grêmio, Vitória, Criciúma, Santa Cruz, Remo, América Mineiro, Fortaleza, União São João, Paraná, Ceará, Desportiva Ferroviária e o Coritiba.
Saída do Ceará
Com mais de 800 gols na carreira, Cláudio Adão é um dos maiores artilheiros da história do futebol brasileiro.
Aos 38 anos, mesmo com o bom desempenho no Ceará, o atacante não ficou para a temporada seguinte.