(Foto: Divulgação)

A medida altera a maneira de comercialização dos direitos de transmissão

Fortaleza e Ceará se uniram em posição favorável à Medida Provisória (MP) 984, que altera a maneira de comercialização dos direitos de transmissão dos jogos do futebol racional. Os clubes divulgaram nesta quinta-feira, 16, manifesto em favor da pauta nas redes sociais.

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O texto modifica as regras previstas na Lei Pelé, que estabelece que os direitos de transmissão pertencem aos dois times. Com as novas normas, fica garantido ao time mandante a prerrogativa de venda das partidas.

Além do Tricolor de Aço e Alvinegro, endossam o manifesto clubes como Bahia, Sport, Vasco (RJ), Athletico (PR), Atlético (MG), Atlético (GO), Coritiba (PR), Goiás (GO), Corinthians (SP), Santos (SP), Internacional (RS), Palmeiras (SP), RB Bragantino (SP) e Flamengo (RJ). O rubro-negro carioca, por sua vez, é um dos principais articuladores da MP.

Da Série A, apenas São Paulo (SP), Fluminense (RJ), Botafogo (RJ) e Grêmio (RS) não apoiaram. No entanto, a pauta recebeu posição favorável de parcela significativa de times Nordestinos, entre eles: América de Natal, ABC, Santa Cruz, Nautico, Vitória, CRB, CSA, Botafogo, Confiança, Imperatriz, Frei Paulistano e River.

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A medida, de caráter provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), precisa de aprovação do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado) para se converter lei ordinária em definitivo.

Entre os motivos apontados para o apoio, os clubes indicam que, caso a nova MP seja validada, isso acabaria com os “apagões”, ou seja, jogos sem nenhuma transmissão.

“Ela empodera os clubes a negociar seus direitos e incentiva a união entre as equipes. Esse formato prevalece nos principais mercados de futebol do mundo. O Brasil está pronto para esse passo libertador, que certamente será o ponto de partida para outros aprimoramentos”, diz o manifesto publicado nas redes sociais.

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Confira o manifesto completo abaixo na íntegra

Por que os Clubes apoiam a MP 984 e a criação da Lei de Democratização das Transmissões de Futebol

Porque o torcedor é diretamente beneficiado. A MP acaba com os “apagões”, isto é, os jogos sem nenhuma transmissão, que ocorriam quando um canal tem o direito de um time e outro canal tinha o direito do outro. A situação anterior impedia, por exemplo, que mais da metade dos jogos do Campeonato Brasileiro fossem exibidos na TV fechada. Com mais partidas sendo exibidas, teremos um futebol mais democrático, mais acessível e mais barato.

Porque ela empodera os clubes a negociar seus direitos e incentiva a união entre as equipes. Esse formato prevalece nos principais mercados de futebol do mundo. O Brasil está pronto para esse passo libertador, que certamente será o ponto de partida para outros aprimoramentos. Com a MP, quanto mais os clubes estiverem unidos, mais vão ganhar.

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Porque a concorrência vai aumentar. O modelo que vigorava no Brasil gerou concentração do futebol nas mãos de poucos investidores. Consequentemente, não alcançou todo o seu potencial e ainda gerou distorções no seu modelo de distribuição. A MP viabiliza a entrada de novos investidores no mercado, sem afastar os atuais, aumentando a disputa. E isso é bom para os clubes e melhor ainda para o torcedor.

Porque devemos seguir o exemplo de quem fez e deu certo. A legislação anterior tinha mais de 50 anos e não refletia uma forma moderna de negociação dos direitos esportivos. A ampliação de investimentos gera aumento de receitas para os clubes, viabilizando a manutenção dos nossos craques por mais tempo no país, além do investimento em estrelas internacionais.

Em resumo

Os torcedores ganham com o fim dos apagões de jogos, com mais craques em campo e com um melhor espetáculo no Brasil. Os clubes ganham com mais liberdade e receitas. E o país ganha com os clubes mais sólidos financeiramente, maior geração de empregos e crescimento de impostos pagos aos governos”.

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